Publicado em 25/08/2021 - Notícia

Voto múltiplo se espalha, mas efeito é reduzido

Valor Econômico

O interesse pelo uso do voto múltiplo na temporada de assembleias de 2021 não ficou restrito a investidores de Vale e Petrobras – empresas em que o uso do mecanismo vem motivando polêmicas.

Houve solicitação para escolha de conselheiro por meio dessa ferramenta de votação em 56 reuniões de acionistas, o que representa 44% do universo de 127 assembleias considerado na pesquisa. As articulações em prol do voto múltiplo resultaram, no entanto, na eleição de representantes apenas em seis companhias.

(…) Com o crescimento do mercado de capitais, a tendência é que os minoritários sejam mais ativos. “Isso demanda tempo e investimentos das empresas. Muitas vezes é o preço que se tem por ter companhia aberta”, diz a advogada Paula Seabra, sócia do escritório Dias Carneiro. A opção pelo voto múltiplo pode ocorrer quando o acionista não se sente confortável na relação com o controlador ou acionistas de referência, diz o conselheiro profissional Geraldo Affonso Ferreira, membro do grupo Confraria da Governança. “Pode ser falta de transparência ou alguma atitude que tenha gerado controvérsia”, afirma. Ainda assim, deveria ser visto como um último recurso, e é importante que o engajamento seja durante o ano todo.

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