Publicado em 20/03/2020 - Notícia

Coronavírus: setor produtivo prevê redução de 30% na folha salarial

Correio Braziliense

A pandemia de coronavírus acabará com o emprego de milhões de pessoas em todo o mundo e o movimento, no Brasil, já começou. Com a queda na demanda, pelo fechamento de fronteiras, shoppings, lojas e cancelamento de eventos, as empresas estão programando demissões que podem chegar a 30% da folha. Para especialistas, é preciso que o governo regulamente o quanto antes as medidas de flexibilização trabalhista para evitar o pior. Da indústria ao trade turístico, passando pelos transportes e pelo comércio, poucos setores passarão ilesos.

Globalmente, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a pandemia poderá deixar sem trabalho 25 milhões de pessoas, prevendo que os trabalhadores perderão renda de até US$ 3,4 trilhões em 2020. No Brasil, as empresas estão anunciando férias coletivas e estudando paralisações, mas não descartam demitir funcionários. Em bares e restaurantes, o recuo nas vendas está entre 50% e 60%; nos salões de beleza, em 80%. Os pedidos por motoristas de aplicativos diminuíram cerca de 60% nos últimos dias. (…)

Segundo André Melo, da área de direito do trabalho do escritório Dias Carneiro, as medidas anunciadas pelo governo precisam ser regulamentadas logo. “Reduzir jornada e salário é uma saída para não demitir, mas, por enquanto, o que vale, na lei, são as convenções coletivas”, explicou. Para o especialista, ainda não ficou claro quais medidas serão adotadas, e por quais setores. “Falou-se em três meses com redução de 50% de salário, mas é preciso agir rapidamente. As empresas já estão programando demissões que vão de 5% a 30% da folha”, alertou.

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